A Avicultura vem sendo alvo de muitos questionamentos em Campo Verde, devido a algumas mudanças ocorridas, a crise econômica e consequentemente o fechamento do frigorífico em Várzea Grande.
Para alguns avicultores, principalmente os mais antigos a atividade ficou inviabilizada, mas para a maioria dos produtores existe a possibilidade de se obter lucro, embora reduzido.
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Na última semana a questão da avicultura de Campo Verde, que uma das mais fortes do Estado, chegou a ser tema de reportagens de veículos de comunicação da capital, para falar sobre esse assunto nos entramos em contato com o avicultor e presidente da Associação dos Criadores de Aves de Campo Verde (Acave) Clodoaldo Gomes Lima, e segundo sua explicação, “na verdade há um certo pessimismo é mais um fator psicológico do que financeiro. Em Campo Verde temos o trauma desde que foi anunciado aquele frigorífico da BRF, que não foi construído e vem empurrando essa história, passa um período terá frigorífico depois não. Em 2014 e 2015 passamos por um período de insegurança muito grande quase a empresa fechou. No início deste ano estávamos em ascensão procurando novos produtores para construir aviários e da noite para o dia isso foi cortado, nos assuntou também, por outro lado tudo que a integradora prometeu está sendo cumprido, o problema é a crise econômica, não tem como produzir sem ter para quem vender. Ela readequou suas plantas e fechou Várzea Grande, Jataí/GO e Lajeado/RS, desta forma estamos levando nosso frango para ser abatido em Nova Marilândia, temos perdido um pouco nas gramas do frango devido a isso, mas entre fechar e continuar produzindo dessa forma é melhor continuar produzindo.”
Existe uma comissão que faz a ponte entre a integradora e seus integrados, segundo as informações do Conselho, a relação entre os dois está sendo tranquila, os produtores de todo o Brasil integrados a BRF tiveram que parar durante 30 dias e mais de 90% terá que ficar parado mais 30 dias, nesse período segundo o Conselho os integrados receberão suas diárias.
Outra questão polêmica é sobre a defasagem da planilha de custo dos avicultores que está na casa de aproximadamente 19%, essa questão neste momento nem é cogitada na empresa que realiza a integração, pois no momento em que vivem poderia se tornar o golpe derradeiro. “Diante do que vem acontecendo, principalmente nos últimos dois meses, não existe possibilidade de falar em custos, fechou o frigorífico, está parando o abate no país todo, a JBS está fechando também, algumas cooperativas do Paraná e de Santa Catarina, muitas empresas pedindo recuperação judicial, então não tem clima para falar em custos,” disse o presidente.
Por outro lado eles acreditam em uma recuperação do mercado rapidamente e esperam que 2017 comece melhor existindo a possibilidade segundo o presidente da Acave de retomar o abate na unidade de Várzea Grande. “Apesar de tudo, a empresa não quer fechar nenhum aviário no momento, pois está acreditando na retomada do mercado. Neste momento quem tem aviário tem lucro, mas é pequeno, principalmente para quem precisa pagar financiamento. Mas aconselho os avicultores que se mantenham firmes, que existe planejamento para uma retomada. Outra coisa que sempre friso aos avicultores é que a Associação está aí para ajudá-los, quando existir algum problema ou desacordo, procure-nos primeiro, às vezes é um erro que podemos consertar rapidamente sem desgastes, eles podem nos procurar na Sede do Sindicato Rural de Campo Verde, falar com nosso diretor, tenho certeza que seus problemas serão resolvidos”, finalizou Clodoaldo Gomes Lima.
A possibilidade de trazer um frigorífico para Campo Verde, apesar de distante, também não está descartada, segundo a informações existem investidores interessados nesse processo, novas negociações podem acontecer até o final do ano.