O momento é de dificuldade dos avicultores de Campo Verde e região, porém a vida tem que continuar e eles também estão em busca de novas soluções, muitos já enxergam uma luz no fim do túnel.
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Cerca de 50 avicultores de Campo Verde viviam somente da atividade, eles já haviam estruturado sua vida e investimentos em torno do negócio e mesmo sabendo que setor não vivia um bom momento, não imaginavam que seriam abandonados de forma tão abrupta.
Esses avicultores e também o pessoal que trabalhava como terceirizados neste setor, no momento estão muitos preocupados e sem nenhuma perspectiva de como será o futuro.
A ACAV- Associação Campo-verdense dos Avicultores, está realizando várias reuniões nesta quarta-feira (20) para intermediar o encerramento dos contratos ainda em andamento com a BRF, que anunciou na última semana que vai paralisar várias atividades na unidade cidade, inclusive as integradas. Porém também revelaram que vão honrar com os compromissos que estavam em andamento.
O Presidente da ACAV Clodoaldo Lima, disse que no momento estão focados nesse término de contratos, que estão sendo realizados algumas reuniões nesse sentido e que somente depois deste período poderiam pensar em alguma nova estratégia.
Mas ainda existe esperanças, o avicultor Paulo Abatti, por exemplo, disse que “a gente sempre tem uma esperança, todo mundo gosta de comer um franguinho, uma carne muito boa, barata e de qualidade. Não acredito que essa atividade vai ter um fim assim na cidade, até mesmo porque temos público consumidor, então ainda tenho esperanças.”
Uma terceira fonte, que preferiu não ser identificada disse que um acordo com BRF está sendo costurado, para que ao menos até o final do ano, os produtores tenham garantidos a renda mínima que obtinham com sua produção. Essa informação, porém não foi confirmada pela empresa BRF.
A perspectiva é que os produtores locais tenham garantidos a renda até o término do ano, e até lá encontrem um novo parceiro interessado na operação em Campo Verde.
A produção de Campo Verde começou a se tornar difícil desde quando o frigorífico da empresa em Várzea Grande paralisou suas atividades de abate. A unidade da BRF local enviava seus frangos para serem abatidos em Nova Marilândia, distante aproximada de 400 km do município. A viabilidade do negócio já estava bem comprometida, com essa última crise dos preços de matérias primas e transporte, resolveram finalizar de vez a maior parte da sua participação local.