A Polícia Civil de Campo Verde está lançando mais um alerta a população quanto aos casos de estelionato, pois na última semana um grande número de registros foi realizado na delegacia por pessoas que, ou foram vítimas ou denunciaram, depois de quase acabar caindo em algum golpe.
Alguns deles já são bem conhecidos, mas outros bem inovadores e tecnológicos e tem assustado as vítimas, que muitas vezes não conseguem detectar ou por medo acabam caindo no golpe, mesmo desconfiando da situação.
O que mais tem feito vítimas na cidade é o famoso golpe da extorsão, mediante ameaças de supostos membros de facções criminosas. Os bandidos entram em contato com as vítimas através de ligações telefônicas ou aplicativo de mensagens e, munidos de algumas informações pessoais e fotos, que são facilmente localizadas através das redes sociais, começam a ameaçar essas vítimas.
Geralmente eles dizem que pertencem a alguma facção criminosa e que algum companheiro dele acabou sendo preso devido a denúncias que essa pessoa (vítima) realizou. A vítima que não fez denúncia alguma tenta se esquivar, mas os estelionatários vão cercando e em posse de imagens e de informações pessoais, por exemplo, dizendo que sabe aonde os filhos da vítima estudam, ou que sabem aonde ela trabalha, conseguem amedrontar essas pessoas que muitas vezes acabam depositando alguma quantia a esses supostos faccionados.
Apesar de chocar as vítimas, a PJC recomenda que nunca, de maneira nenhuma, mesmo que os criminosos tenham informações pessoais, que muitas vítimas deixam expostas em redes sociais sem perceber, eles devem realizar algum tipo de pagamento mediante a extorsão, pois é somente um golpe e não existe nenhuma facção por trás deste fato.
“O que tem que ser feito, é procurar uma delegacia e registrar o delito, para que possa munir a investigação, para que fiquem próximos de encontrar esses suspeitos. Sabemos que não é fácil, é uma situação que choca, mas tenha cabeça fria e tome atitudes com a razão e não com a emoção”, explicou o chefe de investigação da PJC Campo Verde Rodrigo Amorim.
Somente na última semana mais de 10 casos deste tipo de golpe foi registrado, porém outros também vem preocupando.
A falsa vaga de emprego
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O golpe geralmente começa com uma mensagem via WhatsApp de uma pessoa desconhecida que envia propostas de emprego atrativas como jornada de meio período, e salários altos. Geralmente essas mensagens sempre trazem um link, esse link pode levar a outra conversa, e através dessa nova interação será enviado o link com o conteúdo malicioso.
“Caso você clique no link ele vai pedir para que você se cadastre nessa plataforma e vão explicar como funciona. Você vai ter missões a cumprir, mas para participar do esquema você tem que aportar um valor em dinheiro. Infelizmente, há muitos relatos de pessoas que perderam o dinheiro, porque é um esquema bastante estranho em que você tem que fazer algumas missões, mas a verdade, é que no final você vai perder o dinheiro”, informa o policial.
Falso empréstimo
Mais de 20 mil brasileiros tiveram seus documentos expostos após uma falha no servidor do Ministério da Saúde. O vazamento de dados em massa possibilita que os golpistas utilizem as informações indevidamente para aplicar golpes como o de empréstimo de dinheiro.
Esse golpe é muito comum no WhatsApp, no qual um número desconhecido utiliza a foto de um conhecido, como amigo ou familiar, para pedir um empréstimo. O criminoso geralmente inventa uma situação de emergência para solicitar o dinheiro.
Falsas ofertas de venda
Essa prática é muito utilizada em contas hackeadas, afinal a abordagem inicial acontece por meio de uma pessoa que você conhece, ou segue no Instagram. No perfil na rede social, o golpista, se passando pelo dono daquela conta, vai dizer que está vendendo aparelhos eletrônicos usados, ou mesmo novos, a preços muito baratos, até mesmo para produtos de segunda mão.
Boletos falsos
Os comunicados fraudulentos costumam trazer cobranças de faturas e contas atrasadas. Os boletos anexados as mensagens são muito bem manipulados em seu formato e aparência para enganar as vítimas e destinar o dinheiro pago aos golpistas.
Para identificar se um boleto é legítimo, vale conferir se o número referente ao código de barras se inicia com “8”. Essa numeração inicial é utilizada exclusivamente por concessionárias de serviços públicos e serviços contínuos.
Golpe da Mão Fantasma
O golpe da mão fantasma chamou a atenção de bancos que emitiram alertas sobre as fraudes feitas por criminosos que se passavam por representantes das instituições financeiras em ligações para os clientes permitirem o acesso às suas contas.
Existem duas formas de práticas cibercriminosas caracterizadas como “Mão Fantasma”, na primeira os criminosos pedem que um software malicioso seja instalado, “Geralmente a oferta vinha como visualizador de perfil de WhatsApp ou um aplicativo para limpar e otimizar o seu aparelho. Na verdade, depois de instalar esse aplicativo, ele permite o criminoso acessar remotamente o smartphone”. Esse software contém um código trojan capaz de abrir aplicativos no celular sem que a vítima soubesse.
A mais recente prática nomeada como “Mão Fantasma” utiliza uma abordagem por telefone se passando pelo funcionário de bancos e orienta a vítima a instalar aplicativos que dão controle total do dispositivo ao criminoso.