Pela terceira vez no ano, uma ameaça de ataque a escola da rede pública de Campo Verde, preocupou pais e alunos, e precisou da intervenção da Polícia. Desta vez o conteúdo das ameaças era de assassinatos coletivos de alunos.
A reportagem chegou a conversar por telefone com o delegado Philipe Pinho, ele confirmou a existência de dois casos, mas alertou que as situações foram investigadas, ambas não passaram de trotes, que a comunidade escolar poderia ficar tranquila, que nada de concreto foi se quer planejado.
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De qualquer maneira ele alertou sobre a situação e destacou que cabe aos pais orientar e observar seus filhos. “Neste momento, aproveito a oportunidade para salientar que estamos no Setembro Amarelo (29/09) e que cabe aos pais a orientação de seus filhos, bem como a vigilância psicossocial, observando sobre comportamentos e tendências depressivas ou autodestrutivas, evitando um mal maior para os adolescentes”.
Segundo apuramos, um dos casos citados havia envolvimento de um adolescente que nos últimos meses havia apresentado quadro depressivo, por isso o alerta da autoridade. Já no segundo caso, foi somente um outro adolescente que resolveu pregar uma peça de mau gosto nos colegas de sala, mas acabou sendo identificado.
Em ambas as situações, além da PJC, houve o acompanhamento do Conselho Tutelar, direção e coordenação da escola e claro os pais dos envolvidos.
Como o fato gerou muita repercussão na cidade, no dia, o delegado chegou a emitir uma nota para tranquilizar a população.
“A Polícia Judiciária Civil informa que com relação aos fatos veiculados de que alguns alunos de determinadas escolas do Município de Campo Verde teriam escrito e/ou divulgado “atentados” e “massacre” nas unidades educacionais, estão sendo tomadas as providências necessárias e cabíveis, já possuindo, inclusive, sob investigação alguns estudantes - cuja identidade será preservada nos termos do ECA”, diz parte da nota.
Ele ainda tranquilizou a população afirmando que apesar de ter tido outros casos como os citados durante o ano, a PJC vai investigar todas as ameaças seja qual for, para que todos os alunos fiquem seguros no ambiente escolar.
Sinal de alerta
Ameaças de massacre em escolas, nos últimos meses, têm assustado educadores e pais. São mensagens rabiscadas nas paredes de colégios brasileiros ou publicadas em redes sociais. Nenhuma delas se materializou, mas especialistas avaliam que devem ser lidas como sinal de atenção. Além do reforço de segurança, aconselham aprimorar canais de expressão da escola, para acolher alunos.
As causas de um ato violento são complexas e variadas. Conforme pesquisa do Instituto Península, com escolas públicas e privadas, em junho, mais de 70% dos professores relatam "dificuldades de relacionamento" das crianças e adolescentes.
Embora muitas das manifestações dos jovens sejam justificadas como brincadeiras ou falas sem intenção concreta, psicólogos fazem o alerta. "Quando temos uma coisa dessa no muro da escola, não podemos cruzar os braços", diz Luis Picazio Neto, psicólogo especializado em tragédias. Ele destaca a importância de incrementar a segurança e também prestar treinamento aos professores e escolares sobre como lidar com atentados - indicar saídas de emergência e rotas de fuga, por exemplo.