O Ministério Público de Campo Verde, foi acionado pela população do município para que seja iniciado uma investigação sobre a situação do tratamento de água e esgoto do município. Desde o ano passado a empresa Águas de Campo Verde, pertencentes a Nascentes do Xingu, iniciaram a cobrança da tarifa de esgoto , uma cobrança que realmente acontece em todos os municípios que tem saneamento básico eficiente. Mas o problema está exatamente na destinação correta destes resíduos, não é justo que se pague por um serviço que não vem sendo realizado, ou realizado parcialmente, por esses motivos, devidos aos últimos acontecimentos a Promotoria da cidade foi acionada, a empresa concessionada afirmou que desta vez os efluentes advindos da rede esgoto estão sendo despejados no Rio São Lourenço dentro das normas estabelecidas.
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Por outro lado à população da região já realizou várias denuncias, com vídeos e fotos, dizendo que o odor e coloração dos efluentes despejados não se tratam de esgoto tratado. Os técnicos da SEDAM já realizaram algumas coletas de amostras do local e também fazem o monitoramento do despejo no Rio.
O Promotor de Campo Verde, Marcelo dos Santos Alves Correa se pronunciou sobre o assunto, ele revelou que ficou a sabendo da situação ainda no final de semana, mas como não era seu plantão, conseguiu agir somente na segunda-feira. “Vale lembrar que são duas situações diferentes, uma delas é referente a um vazamento de efluentes que ocorreu no São Miguel, que foi fiscalizado e multado pela secretária de meio ambiente, eles receberam uma multa de R$ 385 mil, este foi um fato, que está sendo apurado já em uma ação de ressarcimento por dano ambiental em face da Águas de Campo Verde. Já esta segunda situação que aconteceu na sexta-feira (20), eu recebi pelas mídias sociais algumas denuncias, mas não estava na cidade, na segunda-feira diante das informações a promotoria civil já entrou com ação judicial, que é uma tutela antecedente para que o contrato da empresa seja cumprido corretamente, também foi exigido deles o fornecimento das perícias técnicas da água que está sendo devolvida ao Rio. Obvio que a empresa vai me fornecer a analise que eles já possuem, pois infelizmente não foi coletado nenhuma amostra do dia em que a filmagem foi realizada. Então seria leviano afirmar qualquer coisa, tanto para o dano, quanto para a isenção da empresa. Na minha opinião pessoal, se tratando do meio ambiente, eu acredito que a situação esteja errada, devido a cor e os relatos das pessoas, mas como promotor não posso ser leviano, necessito de provas,” explicou o Promotor.
A Prefeitura está realizando o monitoramento da situação, mas o Promotor pede que também a população que mora no entorno de onde está sendo despejado os efluentes, que se perceber alguma anormalidade, que realize a coleta destes resíduos e entre em contato com a Promotoria. Se após realizadas as analises for constatada a contaminação das águas do Rio, neste momento o MP irá ingressar com um processo por danos ambientais e ressarcimento por parte da empresa. “Houve uma certa confusão por parte da população de Campo Verde sobre o controle dos efluentes despejados, mas tem que se ater que ninguém mora na ponta do cano, então temos que confiar no serviço que foi contratado, a princípio, agora isso está sendo acompanhado, já que existe a suspeita de que não esteja sendo feio o tratamento correto,” finalizou Marcelo.
O jornal Diário está acompanhando essa situação desde as primeiras denuncias e vamos informar a população quando as analises estiverem prontas.
