Na mesma semana onde uma moradora do Dom Ozório morreu devido a uma descarga elétrica, três assentamentos do município sofreram com a falta de energia. O problema não é algo novo, no ano passado o problema já foi relatado pelo Jornal O Diário, porém, segundo os moradores nada foi feito.
Na Agrovila João Ponce de Arruda, metade do assentamento ficou sem energia por quatro dias. A moradora Juliana Nack, depois de tentar um auxílio da Concessionária Energisa e não conseguir, procurou a equipe de reportagem do jornal. “Eu preciso de ajuda, pois eu moro na Agrovila e a metade do local está sem energia desde domingo, já ligamos para empresa de todos os canais possíveis, várias pessoas ligaram, eles dizem que vem não aparecem, por isso entramos em contato com os meios de comunicação, nos ajude por favor”, ressaltou.
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Outra moradora, Teresa Alves, também entrou em contato, para ela o problema se torna pior, pois precisa manter medicamentos refrigerados. “Eu sou diabética já perdi toda a insulina que estava na geladeira, essa energia não volta, já estou sem medicação, não sei mais o que fazer”. Já a moradora Tatiana Arruda desafiou a equipe de energia. “Se tem alguém nessa empresa que trabalha, que se preocupa com a população, por favor venha até aqui resolver esse problema, já não acreditamos mais nessas promessas, alguma autoridade por favor tome atitude”.
No caso da Agrovila, O Diário entrou em contato com a Energisa, que no mesmo dia mandou equipe ao local que resolveu o problema da falta de energia, eles disseram a reportagem que estavam trabalhando para sanar o problema, mas que a área de cobertura rural do município é muito extensa.
Mas infelizmente não foi somente na Agrovila que acompanhamos relatos de falta de energia. Na estrada do Capim Branco, recebemos a seguinte mensagem da moradora Francisnaide Cruz. “Gostaria que vocês nos ajudassem, estamos desde o dia 21/01 sem energia na estrada rural Capim Branco. Já fizemos vários contatos com a Energisa, fizemos a denúncia na ouvidoria, reclamação no site da ANEEL e reclamação no Procon, mas até o momento nenhuma solução. Já estamos a 100 horas sem energia”. A moradora solicitou que alguma autoridade do município intervenha na situação que é insustentável segundo ela.
E não para por aí, Francisco Borges, morador do assentamento 28 de Outubro, também relatou que na localidade existe falta constante de energia, que muitas vezes, os moradores tem que tirar dinheiro do bolso para pagar prestadores de serviços terceirizados. “A banana (fusível) desarma e tem que armar novamente, mas é preciso ter o equipamento correto, se não é perigoso levar choque, mas o pessoal da Energisa não vem, tem um homem que faz particular mas cobra de 150 a 300 Reais dependendo da urgência, um absurdo essa empresa”.
Sobre essas situações citadas por último a Assessoria de Imprensa da Energisa disse que está trabalhando para corrigir os problemas, mas que nesta época do ano as intercorrências são muito grandes e a demando do trabalho aumenta muito.