A falta de escolas municipais em tempo integral, voltou a ser assunto em Campo Verde, principalmente nas redes sociais. Muitas mães que não tem onde deixar as crianças, principalmente às de menos idade, cobravam mais efetividade por parte da administração municipal na questão. Os motivos elencados pelas mães são a falta de empregos mais flexíveis à disposição na cidade e o elevado preço para se pagar uma escola de contra turno ou uma babá.
Somente em uma publicação realizada em uma página do Facebook teve mais de 200 comentários em torno do tema, na grande maioria, mães que passam ou já passaram pelo problema.
✅ Clique aqui para seguir o canal do CliqueF5 no WhatsApp
Nossa reportagem então procurou a secretária Municipal de Educação, Simoni Borges para falar sobre o tema, que inclusive fez parte das propostas apresentadas em campanha pelo atual prefeito Alexandre Lopes (PDT). Segundo Simoni, antes de falar sobre o assunto, é necessário entender algumas diferenças. “Existem diferenças muito significativas em educação integral e ensino em período integral, a educação de maneira integral nós já realizamos aqui na cidade, porém não temos o ensino em período integral. Esse ensino em período integral também tem várias maneiras de ser realizado, não é deixar o filho pela manhã e buscar à tarde, em alguns modelos os alunos vão para casa e retornam em outro período para realização de atividades de contra turno, que não fazem parte da grade básica curricular, são esportes, oficinas, atividades de entendimento entre outras”, explicou a secretária.
A secretária ressalta que apesar da vontade dos administradores já ser de colocar em prática esse projeto de ensino integral, a pandemia acabou atrasando todo o planejamento, mesmo levando em consideração que Campo Verde foi uma das cidades mais inovadoras neste sentido, pois os alunos retornaram mais cedo as atividades, “normais” do que outros municípios, houve um déficit em relação aos projetos. “Primeiro pensamos em colocar em ordem essa questão das perdas devido a pandemia, para agora sim, começar a pensar nas mudanças, a escola de período integral é uma dessas”, alertou Simoni.
Porém, se engana quem pense que esse é um trabalho fácil, ou mesmo que em breve todas as escolas terão o ensino integral a disposição. A ideia inicial é a realização de um projeto piloto em alguma escola, de preferência uma das que serão inauguradas, para que, diferente das outras já existentes, se inicie um trabalho partindo dessa concepção.
Somente depois deste piloto, se tudo ocorrer como o planejado, que o projeto de ensino em período integral pode ser expandido, mas segundo a secretária é um trabalho de médio a longo prazo, pois envolve muitos setores.