Manter a manutenção do veículo em dia é uma garantia de segurança aos condutores e passageiros, além de prolongar a vida útil de diversos componentes do automóvel. Tal atitude não compromete a qualidade na rodagem do meio de transporte e evita que a saúde financeira do proprietário seja prejudicada futuramente com problemas inesperados. Entretanto, a palavra “manutenção”, quando direcionada a um carro, é ligada diretamente a cuidados com os sistemas eletrônicos, motorização e suspensão, deixando de lado um componente importante para uma rodagem segura: o pneu.
Veja as 10 dicas essenciais para aumentar a vida útil do pneu e garantir ao proprietário segurança e economia.
Pressão dos pneus respeitando o manual do fabricante
Pesquisas apontam que 25% dos motoristas circulam com pressão dos pneus abaixo do recomendado pelo fabricante. Estudos indicam que 0,2 bar (aprox. 3 libras) abaixo da pressão recomendada pelo fabricante reduz em até 10% a vida útil do pneu. Se a pressão ficar 0,4 bar (aprox.5,8 libras) abaixo do recomendado, a vida útil do pneu pode cair até 25%. Rodar com 0.4 bares (aprox. 5,8 libras) abaixo da pressão recomendada aumenta em 2% o consumo de combustível.
Pneus com desenho diferente no mesmo eixo: errado
Os pneus estão cada vez mais tecnológicos e nos últimos anos isto tem ajudado muito em sua durabilidade. Por outro lado, há novos fatores que devem ser considerados no momento da montagem, como por exemplo, o sentido de giro do pneu, lado de montagem, uso em estrada pavimentada ou terra e outros. Quando são instalados pneus com desenho de bandas diferentes no mesmo eixo, há uma perda considerável dos benefícios técnicos do pneu como, por exemplo, a diferença de aderência entre os lados, a capacidade de escoar água diferente entre os lados, geração de ruído diferente, resistência a rolagem diferente entre os lados e etc. Estas diferenças de performance entre os lados pode, em situações extremas, desestabilizar o veículo e colocar o motorista numa situação de risco.
Respeitar a capacidade máxima de carga do veículo
Todo pneu possui um limite de carga estipulado pelo fabricante e informado na lateral do próprio pneu. Exceder este limite pode tornar o pneu muito suscetível a falhas, além de danificar sua estrutura e acelerar o desgaste da banda de rodagem. Uma combinação perigosa é pneu com baixa pressão e carga excessiva.
Alinhamento correto para uma direção segura
Veículos desalinhados provocam diversos prejuízos e, entre os principais, destaca-se o desgaste prematuro de pneus e componentes da suspensão, além do aumento do consumo de combustível. Por se tratar de uma medição precisa de ângulos e tolerâncias milimétricas, o equipamento de “alinhamento” deve ser altamente confiável e sistematicamente calibrado. O técnico que executa a medição e correções necessárias precisa ser treinado frequentemente e ter amplo conhecimento da geometria de um veículo.
Balanceamento em dia, direção sadia
O balanceamento consiste na correção de uma má distribuição de massas ao longo do conjunto pneu e roda e deve ser executado através da adição de pequenas massas (chumbinho) que compensarão esta irregularidade e deixarão equilibrado o conjunto pneu/roda. A falta de balanceamento causa desgaste irregular nos pneus e antecipa a troca do componente.
Manter as válvulas de segurança protegidas
A falta da tampinha na válvula de segurança (bico de encher) pode gerar acúmulo de sujeira no seu interior e/ou danificar o núcleo da válvula e, em ambos os casos, haverá a perda de pressão dos pneus. A válvula de segurança resseca e trinca com o passar do tempo, e o principal motivo é a incidência do sol na borracha. É recomendada a troca das válvulas sempre que houver a troca dos pneus.
Realizar o rodízio periodicamente
Os pneus dianteiros e traseiros dos veículos trabalham em situações diferentes, mas que ocasionam em desgastes desiguais. Para aumentar a vida útil e o desempenho dos pneus mantendo um nível equivalente de desgaste entre todos com benefício à segurança, é essencial fazer o rodízio dos pneus do veículo conforme recomendação do fabricante. O ideal é realizar o rodízio a cada cinco mil quilômetros.
Câmara de ar em pneus sem câmara é errado?
A maioria dos pneus dos veículos leves atuais é de construção radial e não usam câmara de ar, ao contrário dos pneus de décadas atrás que eram majoritariamente de construção diagonal e utilizavam câmaras de ar. Instalar câmaras de ar em pneus originalmente sem câmaras pode provocar superaquecimento do pneu e deixa-lo numa situação de risco quanto à segurança.
Continue com a mesma medida estabelecida pelo fabricante
A montadora, em conjunto com a fabricante do pneu, projeta a melhor especificação de pneu para cada veículo. Além disto, todo conjunto de suspensão e freio sofre influência do desempenho dos pneus, e vice versa. Alterar as medidas originais de fábrica pode colocar o veículo numa condição de dirigibilidade e estabilidade diferente do que ele foi projetado e, consequentemente, gerar uma condição de insegurança para o motorista.
Direção agressiva é um perigo
Acelerações e frenagens bruscas, além de representarem um perigo para a vida do condutor, ocasionam um desgaste irregular e acentuado dos pneus.